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Aline Paranhos

Falhei no meu trabalho! E nesse post eu conto tudo

Aqui eu vou trazer bastantes detalhes da minha trilha profissional, então, se tiver a fim de saber, segue o texto comigo.


Eu sou Secretária Executiva de formação e carreira. Me formei numa faculdade pública, a FATEC SP, referência nacional na formação de profissionais do Secretariado. Fiz toda aquela trilha emocionante da primeira filha dos meus pais a ir para a faculdade.


Meu pai era metalúrgico e minha mãe, dona de casa.


Trabalhei mais de 15 anos em grandes empresas, aprendi inglês, espanhol, me pós-graduei em língua portuguesa, assessorei o porta-voz no Brasil da segunda maior indústria de alimentos do mundo, fui secretária do dono daquela marca nacional de joias bem famosa (alô, Gisele

Bünchen) e trabalhei lado a lado com o rei do Showbiz brasileiro, sendo inclusive mentora das secretárias daquela empresa.


Participei dos bastidores de grandes fusões, dei suporte para muitos projetos.


Trabalhei em infinitos eventos, congressos, feiras. Fiz muitas viagens (de carro, de avião, de helicóptero). Foram muitas vivências e conquistas nessa área.


Vale dizer que eu sempre fui uma secretária absolutamente subversiva: contestava decisões erradas, denunciava desvios de conduta, exigia respeito, lutava pelos menos privilegiados e não raramente "metia o dedo" na cara dos meus gestores. Não fui a secretária submissa que o estereótipo do cargo impunha. Fui deixando o meu legado por onde passava (e passei por diversas empresas) e as pessoas sempre queriam saber

como eu fazia aquilo


Errei bastante também, perdi uns prazos, extraviei documentos importantes, cometi gafes como qualquer mortal, mas errei, sobretudo como gestora dentro do secretariado. Nos últimos anos no cargo, fui responsável por outros profissionais e, embora eu ainda não estivesse trilhando o caminho do Feminino Consciente na época, eu tinha um modelo de gestão absolutamente feminino: para mim todo mundo era igual, eu lutava pelos meus com unhas e dentes e era amada pelas minhas equipes... desde que eu não desse ordens.


Era como se só fosse aceito cuidar bem de todos.

O mundo corporativo não está nem de longe preparado para modelos de gestão mais lineares, assim, meus "subordinados" nunca me respeitaram como chefe. Mas essa já era a minha essência é na época eu não estava disposta a mudar. Eu não iria "ser quem não sou" (hoje eu sei que era o meu masculino em desequilíbrio como gestora na época).


Mas olha, nem foi isso que me fez mudar de área. Apesar de ter feito a diferença na vida de muita gente como Secretária, com o passar do tempo eu comecei a ter uma necessidade imensa de fazer um trabalho que tivesse relevância para o mundo.

Eu ansiava por uma transição de carreira.


E fiz! Aproveitei o contexto que se apresentou na minha vida lá em 2017 e saí do mundo corporativo!


Muitas pessoas passaram a me admirar por isso (outras tantas me achavam louca) e todo mundo queria saber COMO eu tinha feito, afinal,

Eu tinha feito a tal Jornada da Heroína!



Me tornei doula e, em sendo doula, rapidamente alcancei o reconhecimento sobretudo de profissionais da área, porque até a minha imagem incitava confiabilidade, já que eu trazia toda essa pegada do mundo corporativo.



Trabalhei um tempão em dupla com uma amiga querida e sempre nos perguntavam COMO a gente conseguia.


Consegui cadastro em maternidades complexas, fiz diversas formações, recebi convites para parcerias com médico ferradão, enfermeira renomada, coletivas bacanas e fui back up de doulas incríveis que nem sei como chegaram no meu nome.


Cheguei a cobrar o valor que eu achava justo pelo meu trabalho, militei contra discursos que minimizavam nosso trabalho, pude escolher as pessoas que eu iria ou não atender.


Muitas colegas me admiravam e diziam frases como

"ah, mas você é deusa"

"você pode"

"você é diferente"

Muito recentemente fui até incluída num grupo de parto de um plano de saúde como doula indicada e nem sei como meu nome foi parar lá.


O que as pessoas sempre queriam saber de mim era COMO eu conseguia essas coisas.


Aí o tempo foi passando e, entre outros fatores, a "desagenda" de parto e o fato de estar restrita ao atendimento de mulheres no ciclo gravídico puerperal já não era suficiente para mim.


E adivinhem o que fiz? Isso mesmo, mudei tudo novamente!


Mas calma! Não pense que foi fácil! Primeiro foi muita negação, muita bateção de cabeça, choro, uma vida financeira que foi se afundando como em qualquer negócio no qual a gente não está 100% focada e, depois de uns beijinhos no fundo do poço, refiz a minha Jornada da Heroína e o elixir que eu trazia nas mãos dessa vez era nada mais nada menos do que


Os Saberes Femininos Aplicados nos quais eu fui me especializando ao longo do tempo.


Mais uma vez, muita gente me admirando e querendo entender como eu fazia tudo aquilo tantas vezes.


Já aqui nesse contexto, trabalhando como Facilitadora de Círculos, Artesã de produtos

fitoenergéticos, Runóloga e Terapeuta do Feminino, eu continuava sentindo que as pessoas me admiravam muito mais por essa minha imensa capacidade de recomeçar e tirar projetos do papel do que pelos produtos ou serviços que eu vinha oferecendo.


Eu me dei conta que estava perdida, criando diversas frentes de trabalho, quando na verdade o ouro que eu tenho nas mãos e que tantas pessoas acham mágico é essa minha imensa capacidade de encontrar novos caminhos.


O COMO eu faço tudo isso é o que de fato tem relevância para o mundo (lembram que escrevi isso lá no comecinho?).


E foi assim que eu me dei conta onde estava falhando: em não me reconhecer como essa pessoa que recebe tanta admiração pela capacidade de ser empreendedora de si, e não ter entregue antes ao mundo essa minha voz que ensina o COMO fazer: como fazer revolução no trabalho onde está, como mergulhar no caminho do Feminino Consciente, COMO fazer transição de carreira, mas não com fórmula mágica de marketing barato e sim através da minha experiência real, da minha vida vivida e publicamente comprovada etapa após etapa dessa trilha improvável que eu tracei até aqui.


Assim, falhei! Demorei para entender os sinais que minha audiência sempre me trouxe. Mas estou aqui recalculando a rota - coisa que faço super bem - e logo trago as diretrizes de como a gente vai caminhar junta daqui para frente.


Já adianto que tudo começa no autocuidado, depois a gente vai falar de tudo:

o COMO

o PORQUÊ

estratégia,

erros,

acertos,

finanças,

networking,

imagem,

reconhecimento,

divulgação,

parcerias,

estudos e especialização,

cor-agem! (agir com coração!),

aprender a se impor,

precificação,

constância,

home office e seus desafios,

maternidade X empreendedorismo,

gestão,

regulamentação,

finanças

etc.

Tudo isso sempre respaldado e acolhido nas técnicas que eu trago na minha "maleta" de terapeuta. Vai ser demais! Segura a ansiedade aí que eu vou trabalhando de cá.


Fica aqui comigo que o papo agora é reto, exclusivo e contínuo.


Agora é Eu e Tu, Tu e Eu.



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